sexta-feira, 14 de março de 2014

CARTA A VOCÊ... DIRETOR DE ESCOLA.



trecho do meu livro: A ARTE DE ENSINAR E APRENDER

Caro Diretor...

Este pode ser o seu momento. Busque um novo paradigma para a sua escola. Não tenha medo. Sei que o efeito paradigma pode nos “cegar” para novas oportunidades. Tente. Pode ser que o seu novo paradigma torne-se em “o paradigma”. Tenha coragem, confie nas suas ideias e verá que o novo modelo para sua escola terá sucesso, apesar dos muitos problemas que enfrentará. Sempre haverá uma outra solução para os problemas. Sempre haverá uma outra porta para atravessar e chegar ao futuro.
Reúna seus colegas, alunos, pais e comunidade. Proponha-lhes essa mudança e peça-lhes apoio. Precisará aceitar os novos desafios e participar, junto com eles, das novas e grandes descobertas. Transforme a sua escola na escola da solidariedade e da formação humana para a preparação de um mundo melhor. Ela, por mais modesta que seja, poderá se transformar numa escola exemplo.
Os seus professores poderão transformar-se em “os professores”.
Demonstre a seus alunos que eles são capazes e que podem ir ao encontro de seus sonhos. Aos pais e à comunidade, peça-lhes apoio: do mais simples ao mais complexo. Busque ajuda nos colegas aposentados.
Transforme a sua escola num lugar desejado por todos.
Seja companheiro, amigo e irmão. Ame o grato e o ingrato, o justo e o injusto, o amigo e o inimigo. Eles verão seu exemplo e se transformarão.
A sociedade brasileira demanda uma educação de qualidade que garanta as aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos autônomos, críticos e participativos, capazes de atuar com competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem e na qual esperam ver atendidas as suas necessidades individuais, sociais, políticas e econômicas.
 A nova escola deve, portanto, assumir-se como um espaço de convivência e de debates dos referenciais éticos, não uma instância normativa, mas um local social privilegiado de construção dos significados éticos necessários e constitutivos de toda e qualquer ação de cidadania.
CONFIO EM VOCÊS  PARA MUDARMOS O NOSSO PAÍS

sábado, 8 de março de 2014

LANÇAMENTO DO LIVRO: O GIGANTE ADORMECIDO.

Caros colegas...
Estou aproveitando este espaço para comunicar-lhes o lançamento do meu novo livro O GIGANTE ADORMECIDO (literatura infanto juvenil). A história termina em Botucatu. EDITORA LIVRUS . www.livrus.com.br














quinta-feira, 6 de março de 2014

ANDRAGOGIA... A APRENDIZAGEM CENTRADA NA VIDA

trecho do meu livro: A ARTE DE ENSINAR E APRENDER



O professor não ensina, mas ajuda o adulto a aprender.
Não podemos nos esquecer de que o adulto tem melhores condições de aprender desde que suas aspirações e expectativas sejam atendidas. Para tanto é preciso despertar-lhe motivação.
Assim sendo, podemos afirmar que Andragogia é a ciência que tem por finalidade facilitar a educação de adultos.
Etimologicamente a palavra Andragogia é formada do grego Andrós (homem) e Ágo (conduzir).
Difere, por aspectos metodológicos, da Pedagogia que consiste em orientar a educação de crianças e jovens.
Enquanto a Pedagogia ensina (instrui) as crianças a aprender, a Andragogia auxilia (ajuda, facilita) os adultos a aprender.
Através de procedimentos andragógicos mais se evidencia que o professor não ensina os adultos, mas ajuda-os a aprender.
Assim sendo, podemos afirmar que os adultos devem estar motivados para aprender baseados nas suas próprias experiências, necessidades e interesses.
Levando em consideração de que a educação de adultos é uma aprendizagem centrada na vida, podemos entender que a programação a ser desenvolvida não deve ser pré determinada.
O docente com preparo andragógico, apresenta muito mais condições de ajudar os adultos a diagnosticar as suas próprias necessidades de aprendizagem e, saber criar condições que o motivem a aprender.
O planejamento do trabalho deve ser feito com eles, para certeza de que produzirão os resultados desejados.
Ao selecionar métodos e técnicas eficientes para o desenvolvimento do seu trabalho não pode se esquecer de fornecer os recursos (humanos e materiais) necessários.
 Para que os objetivos sejam atingidos o docente deve auxiliá-los na autoavaliação dos resultados da aprendizagem.
Observações: quando um docente vai trabalhar com adultos deve apresentar algumas condições que podemos considerar indispensáveis. Assim, deve ter consciência de como pode, construtivamente, ajudar o adulto.
Sabendo que o adulto estuda, para aplicação imediata desses conhecimentos em sua vida, é importante que o docente procure estar bem informado de como se encontra o mercado de trabalho.
É sempre após muita reflexão, que um adulto decide iniciar ou retomar os seus estudos. Por isso o docente deve estar ciente do seu importante compromisso para trabalhar e ajudar pessoas não treinadas.
Sabendo que o planejamento deve ser feito em conjunto com o treinando, o docente especializado em trabalhar com adultos, deve estar permanentemente aberto às mudanças para poder se adaptar às necessidades deles.
Deve conhecer, não só os conteúdos do que apresentar, mas principalmente aspectos relacionados com a profissão e com as pessoas, para saber das suas expectativas.
Sabendo que os seus alunos são pessoas adultas, o docente deve estabelecer, no ambiente de trabalho, atmosfera favorável de aprendizagem, dando informações úteis e práticas para uso no dia a dia, variando, conforme se fizer necessário, as técnicas de trabalho, e distribuindo tarefas conforme a capacidade de cada um.
 Enfim, o docente no processo da educação de adultos exerce o papel de quem auxilia, orienta, encoraja, aconselha e serve, opondo-se àquele que simplesmente transmite, disciplina, julga e age autoritariamente.
Seu objetivo fundamental é ajudar pessoas a crescer em sua capacidade de aprender ou seja, ajudá-las a amadurecer.
A fim de desenvolver bem o seu trabalho, os docentes que se ocupam de orientar adultos devem se preparar, muito bem, em todas as etapas das suas funções.
Na introdução não pode se esquecer de conscientizar o adulto para aprender de acordo com sua capacidade individual.
Na apresentação deve assegurar condições para que o adulto, informado, possa desenvolver o seu trabalho.
Na aplicação deve encorajar a prática através da execução repetida dos elementos da tarefa.
No acompanhamento deve proceder sempre a avaliação do trabalho realizado, a fim de manter os padrões de eficiência.
A Educação de adultos é o instrumento pelo qual as habilidades podem ser aperfeiçoadas. Por isso, ela deve concentrar-se mais na estrutura da informação e no desenvolvimento planificado das categorias da compreensão.
A informação que se oferece no processo da educação de adultos é mais um meio auxiliar de compreensão e integração do que propriamente conhecimento adicional.
Atenção: os adultos são, quase sempre, alunos voluntários e simplesmente abandonam experiências de aprendizagem que não os satisfaçam.
É preciso, pois, ter-se em mente que a vontade de aprender dos adultos depende, essencialmente, dos conteúdos que forem encontrados no programa, seja por sua utilidade, seja pela adequação a seus propósitos e necessidades.
A Andragogia tem sua premissa básica calcada em quatro suposições:
1ª O aprendiz adulto evolui, de um estado de personalidade dependente para uma situação de auto direção
2ª Ele acumula experiências que se tornam uma fonte, cada vez maior, para a sua aprendizagem.
3ª Sua disposição para aprender orienta-se, progressivamente, segundo as suas necessidades e,
4ª A perspectiva do aprendiz adulto passa a ser de aplicação imediata. Sua orientação com respeito à aprendizagem, deixa de ser centrada no conteúdo de programas para basear-se na solução de casos reais.
A Andragogia dá ênfase ao envolvimento do adulto num processo de diagnóstico das próprias necessidades de aprendizagem, ajudando-o na avaliação de suas dificuldades frente às exigências do que é indicado pelo modelo de desempenho.
A participação dos adultos no planejamento de suas atividades é elemento básico. O docente é orientador do processo e fonte disponível de informação.
A prática Andragógica considera o processo ensino aprendizagem, de responsabilidade tanto do docente quanto do discente. Parte do princípio de que o docente não pode realmente ensinar no sentido de fazer uma pessoa aprender, mas pode ajudar alguém a aprender.
Evidenciando de que a experiência é o livro texto vivo do aprendiz adulto, certamente que o desempenho docente tende a melhorar desde que ele consinta que o aprendiz avise quando o processo estiver sendo prejudicado pela sua excessiva intervenção.
Assim sendo, podemos considerar a Educação de adultos como uma aventura cooperativa, mediante aprendizagem não formal, não autoritária, eminentemente participativa, cujo propósito é descobrir o significado da experiência.
Os adultos tendem a oferecer resistência à aprendizagem em condições incompatíveis. Eles têm necessidade de serem tratados com respeito, de tomarem suas próprias decisões e de serem vistos como gente.
Tendem a evitar e ou opor-se a situações nas quais se sintam tratados como crianças: mandados ou desmandados, subservientes, postos em condições embaraçosas, julgados e punidos.

Um dos papéis a ser desenvolvido pela capacidade e competência do docente é transformar as necessidades individuais do adulto em objetivos educacionais

É dinâmico o ambiente em que se processa a educação de adultos, no qual as mudanças são constantes e onde o aprendizado, não é um fim em si mesmo, mas um meio para serem alcançados os objetivos individuais, organizacionais e comunitários.

O cuidado do docente na orientação dos alunos adultos é uma grande lição de amor ao próximo.